FAQ

Perguntas frequentes sobre Gustavo Adolfo Rol
(aos cuidados de Franco Rol - fevereiro de 2014)

 Rol foto x Faq 1

 

  • 1) Quem era Gustavo Adolfo Rol?

    Um Mestre espiritual de orientação cristã-católica, que viveu na Itália, no século XX (1903-1994), dotado de numerosos "poderes paranormais", que ele definia "possibilidades".  De família rica, formado em várias áreas (Direito, Economia, Biologia clínico-médica), estava sempre vestido em elegância e era dotado de uma cultura enciclopédica. Além disso, era amante das artes, tocava violino e piano, e foi  pintor e antiquário após ter trabalhado para um banco por aproximadamente dez anos, na sua juventude.

    Durante sua vida, conheceu personagens famosos do seu século, desde chefes de Estado até artistas, mas também muita gente comum, de todas as camadas sociais e profissões.

    Colocou as suas "possibilidades" sempre a serviço do próximo. 


 

  • 2) Quantos e quais eram os seus poderes paranormais ou possibilidades?

    O presente autor subdividiu a fenomenologia em 50 classes distintas, ainda que contíguas, entre as quais se encontram: clarividência, telepatia, pré-cognição, retrocognição, telecinesia, materialização e desmaterialização de objetos, bilocação, levitação, viagens no tempo, poderes de cura, xenoglossia, fulguração, diagnóstico de doenças (visão dos órgãos e da aura por clarividência), translação ou agilidade, etc. Essas possibilidades exprimiam-se tanto de forma espontânea, em qualquer situação da vida cotidiana (Rol podia, por exemplo, parar um desconhecido na rua e dizer-lhe que tinha feito mal a tomar uma determinada decisão ou que não deveria mais ver tal pessoa ou fazer tal coisa, ou podia convidá-lo a fazer exames médicos numa área específica do corpo, percebendo um problema de saúde), quanto através de "experimentos", como ele os definia, que fazia em casa ou na casa de outras pessoas. Tais experimentos eram codificados e padronizados, repetiam sempre os mesmos esquemas, que podiam ser assimilados e verificados continuamente pelos presentes (em média, entre 5 e 10 pessoas). Estes, aliás, participavam ativamente no processo, mediante algumas indicações de Rol. Decidia-se um assunto da conversa - por exemplo, arte moderna - e Rol pedia aos presentes uma característica peculiar dessa arte ou uma lista de pintores. Então, após um sorteio, muitas vezes usando cartas de baralho, uma resposta ou opinião era escolhida.  Ia-se buscar tal resposta ou opinião numa enciclopédia ou num livro qualquer, presente em casa ou levado por um dos participantes, usando novamente as cartas de baralho como sistema de escolha casual. Por exemplo, um hóspede escolhia o livro, outro extraía três cartas casualmente do maço de baralho ainda empacotado, que nunca tinha passado antes pelas mãos de Rol, e tais cartas indicavam a página do livro (as figuras valiam zero). A um terceiro hóspede, Rol pedia se preferia a primeira ou a última linha, ou qualquer outra. Depois dessas escolhas aleatórias, abria-se o livro escolhido na página sorteada, e na linha designada encontrava-se a frase dita casualmente por um dos presentes no início do experimento.  Em outros experimentos, todos os presentes escolhiam uma folha de papel branco A4 de uma resma nova, dobravam-na quatro ou oito vezes e colocavam-na no bolso ou no decote da roupa. Em seguida, escolhia-se o assunto através de um procedimento análogo àquele acima descrito. A relativa frase podia aparecer escrita numa das folhas dos presentes, ou podiam aparecer pinturas de aquarela ainda frescas, ou qualquer tipo de imagem, palavras ou desenho referente ao tema casualmente escolhido no início do experimento. No meio da folha, podia também aparecer um objeto de pequenas dimensões, como uma medalha, uma moeda, um pingente, etc... Em outros experimentos, materializavam-se objetos de maiores dimensões em locais da casa previamente escolhidos pelos presentes.


 

  • 3) Rol nasceu com essas possibilidades ou as descobriu durante a sua vida?

    Rol foi uma criança introvertida e sensível, muito intuitiva, características que o predispuseram a um percurso de observação da realidade e de si mesmo, assim como à percepção de uma dimensão superior da existência, mais complexa do que aquela humana, qualificada como espiritual.  O entrelace entre aspiração mística e análise racional do mundo circunstante, juntamente com a sua curiosidade, tenacidade e força de vontade, levaram-no à convicção, já com 22 anos, de que seria possível adivinhar a cor das cartas de baralho sem vê-las, após passar casualmente na frente de uma vitrine de um vendedor de tabaco, onde havia alguns maços expostos.  Tratou-se de um desafio que teve início quase por brincadeira. Porém, depois de dois anos de tentativas, conseguiu adivinhar todas as 52 cartas de um maço.  Naquele dia, 28 de julho de 1927, encontrando-se em Paris, escreveu no seu diário de trabalho:

    «Descobri uma lei tremenda que coliga a cor verde, a quinta musical e o calor. Perdi a alegria de viver.  A potência me dá medo.  Não escreverei mais nada!»

    A partir daquele momento, desenvolveu todas as suas possibilidades ao longo dos anos. 

    Rol giovane 1924


 

  • 4) Qual é o significado dessa "lei" descoberta por Rol, e por que ele a definiu "tremenda"?

    Vejamos, antes de tudo, a seguinte declaração de Rol em 1987: «Comecei com as cartas: por que não seria possível adivinhar a cor de uma carta coberta? Tentei muitas vezes, por muito tempo, sem obter resultados. Um dia, observando um arco-íris, tive uma revelação: era o verde a cor central, que unia todas as outras. Medi a vibração do verde e descobri que era a mesma da quinta musical, e que correspondia a um certo calor.  Assim, comecei a adivinhar exatamente as cartas e, pouco a pouco, a fazer todas as outras coisas...» Além das correspondências físicas efetivas, essa "lei" pode ser colocada na perspectiva do yoga e, em geral, numa condição da mente que, durante um profundo estado meditativo, é capaz de visualizar a cor verde e contemporaneamente "ouvir" com o ouvido interior um intervalo musical de quinta (ou seja, um acorde de duas notas, como por exemplo do e sol), análogo ao OM da tradição hindu.  Em tal condição, pode-se conseguir criar um "calor psíquico", análogo ao prana ou ao tum-no na tradição tibetana, que cria condições favoráveis de sensibilidade e percepção, e que pode conduzir a um estado de não-dualidade, ou seja, a uma condição de destaque absoluto que favorece a emersão de determinados poderes psíquicos.  Todavia, isso é somente o início do percurso. Rol define essa lei como "tremenda" por causa das suas características de choque psíquico e despersonalização de quem a experimenta.  A Potência do Espírito não consegue ser "administrada" por quem não está preparado para recebê-la. Por isso, existe um histórico milenar, em todos os povos, de conhecimentos passados somente entre Mestre e discípulo, ou por vias mais sutis, que entram em cânones padronizados na sua essência e que formam as regras da Iniciação.  A falta de um Mestre não impede o acesso a essa Energia-ausência-de-Energia, mas torna as coisas muito mais difíceis e perigosas, podendo levar até ao desequilíbrio psíquico e à morte.  Após essa descoberta, Rol passou pelo menos um ano com graves problemas de saúde. 


 

  • 5) Por que ele afirmava não ter nada a ver com a parapsicologia e negava ser médium, sensitivo ou mago?

    Qualquer mestre espiritual autêntico se declararia estranho à parapsicologia. Rol é, no Ocidente, o primeiro e único "sujeito" dotado de possibilidades paranormais a recusar ser incluído nesse âmbito de estudos, coisa que, ao contrário, é bem acolhida e até buscada por aqueles que não são Mestres.  De fato, um Mestre realizado - ou seja, alguém que atingiu um elevado nível espiritual e, ao mesmo tempo, deu prova de ser dotado de tais possibilidades, que no âmbito cristão são definidas carismas ou dons do Espírito, e no Oriente siddhi ou realizações (pode-se falar, em tal caso, de Siddha Guru) - considera a atenção da parapsicologia aos "poderes da mente" totalmente desproporcionada com relação ao seu real valor, que só é secundário e instrumental a um ensino espiritual (ou seja, a um compreensão real deste mundo e das dimensões a ele conexas). Se para o ser humano ordinário tais coisas representam uma espécie de conquista no plano evolutivo, para o ser realizado são somente uma consequência do seu estado, dando-lhes uma importância muito relativa e funcional, voltada quase somente à conversão do próximo.

    Na sua origem, a parapsicologia estudava sobretudo pessoas em estado de sonambulismo ou transe induzido por práticas de magnetismo animal. Começaram então a aparecer, ao longo do século XIX, pessoas que se autoprovocavam esses estados, ou seja, médiuns que, quando autênticos, davam prova de poderes psíquicos fora do comum. Mas a indução ou auto-indução de tais estados não é coisa difícil de se obter, e não tem nada a ver com a completude que demonstra um Mestre, que não só não precisa perder a sua consciência, mas possui uma gama muito mais vasta de possibilidades que os médiuns ainda não têm, além de um conhecimento capaz de elevar aqueles que estão ao seu redor.  Rol não caía em transe, tinha possibilidades muito mais vastas que qualquer médium estudado pela parapsicologia, e a sua influência espiritual se está difundindo, sobretudo após a sua morte.

    Diferentemente do médium, o mago mantém o seu estado de consciência. Certamente um Mestre também é mago, mas não é só um mago. Um mago autêntico que não seja mestre é um indivíduo não evoluído espiritualmente, e certamente muito limitado ao expressar a sua "magia". Como o médium, ele também tem acesso a determinadas possibilidades da psique humana e da natureza, mas não é capaz de se elevar acima destas, porque não consegue renunciar completamente ao próprio ego. No caso dos médiuns há total submissão, para não dizer possessão, por forças que ele não é capaz de administrar. Quanto à definição de "sensitivo", entendida como adjetivo, um Mestre como Rol também é sensitivo, mas não só isso. A palavra “sensitivo”, quando é substantivo, indica uma pessoa que não necessariamente fez um percurso espiritual qualquer ou esotérico e que não apresenta alterações do estado consciência, mas que é espontaneamente dotada de uma sensibilidade incomum, capaz de expressar alguns poderes psíquicos básicos, como a clarividência, a telepatia e a pré-cognição. Porém, isso não se dá de forma peremptória e exata (como no caso de Rol), mas vaga e eventual, ainda que com resultados positivos acima da média estatística. É essa última categoria de pessoas que a parapsicologia procurou estudar na maior parte das vezes, na segunda metade do século XX, tentando experimentos estatísticos com pessoas comuns, para ver se alguma delas era mais "sensitiva" do que outras, com resultados que, vistos sob uma ótica espiritual, são bem pouco interessantes, ainda que acima da média. 


 

  • 6) Rol deu alguma vez uma definição de si mesmo?

    Além do que já foi dito, Rol negou ser uma pessoa especial. Por exemplo, respondeu o seguinte a um jornalista: «O senhor tem certeza de que eu sou importante para a sua investigação? Eu sou uma pessoa qualquer.  Não tenho nada a ver com os médiuns, os curandeiros, os espíritas que o senhor entrevista. É um mundo distante da minha mentalidade. Os meus modestos experimentos fazem parte da ciência. São coisas que, no futuro, todos os homens poderão realizar».

    A primeira vez – uma das raras – que Rol deu uma definição de si mesmo foi num artigo de 1977 na revista Gente, firmado por Renzo Allegri, mas escrito por Rol na terceira pessoa:

    «Rol não é somente o “homem do impossível”, ... [ele] trabalha e dedica-se continuamente ao próximo.»

    No final dos anos 80, ele sugerirá à jornalista G. Dembech usar o seguinte título num livro sobre si: "Gustavo Adolfo Rol. O grande precursor", querendo, com isso, sublinhar uma função precisa em perspectiva histórica.

    Portanto, ele se definiu "homem do impossível" e "grande precursor". Mas é preciso adicionar outra importante definição, escrita de seu punho em 1978:

    «Devo necessariamente agir com ‘espontaneidade’, quase “sob o impulso de uma ordem desconhecida”, como disse Goethe. Eu me defini “a calha que canaliza a água que cai do telhado”. Portanto, não é a calha a ser analisada, mas a água e as razões pelas quais "essa Chuva" se manifesta. Não é estudando esses fenômenos na foz que se chegará à sua essência. Deve-se começar mais no alto, onde tem sede o "espírito inteligente", que faz parte daquela Maravilha que não é necessário identificar com Deus para reconhecer a existência. Na Maravilha há a Harmonia resumida do Todo, e essa definição é válida tanto para quem admite quanto para quem nega Deus». 


 

  • 7) Rol fazia sessões espíritas?

    Não. Numa sessão espírita, geralmente um grupo de pessoas encontra-se ao redor de uma mesa e, sob a direção de um médium em transe ou mesmo sem este, entra em contato com um ou mais espíritos de pessoas falecidas. Normalmente isso se dá por simples invocação, com as mãos dos presentes apoiadas na mesa, a contato umas com as outras, ou com o uso de um painel com as letras do alfabeto, onde o médium, sozinho ou acompanhado, deixa que um "espírito" responda às suas perguntas usando sua própria mão, que se move autonomamente com algum tipo de indicador para determinar as letras da resposta.  Rol nunca fez nada disso, visto que: 1) não caía em transe; 2) não invocava nenhum morto, visto que defendia que "os mortos não estão entre nós", mas em alguns casos pedia a assistência – se assim se pode chamar – do que ele denominava "espírito inteligente" (explicado mais adiante); 3) a finalidade dos seus experimentos era diferente das sessões espíritas: nestas últimas, busca-se obter informações sobre o "além" ou o conforto de um parente falecido, enquanto os experimentos de Rol tinham a finalidade de demonstrar as potencialidades do ser humano quando se sintoniza com uma dimensão mais profunda do Cosmos, assim como a efetiva realidade de tal dimensão, espiritual, fora do tempo, identificável com Deus.  A única exceção que Rol fazia à regra de que "os mortos não estão entre nós" era para dar conforto a quem tivesse perdido um parente, dizendo a tal pessoa que o via a seu lado e fornecendo a descrição exata. Porém, tratava-se de situações especiais, estritamente pertencentes à vida privada, sem algum tipo de ritual, e não se tratava exatamente do morto, mas do seu "espírito inteligente". 


 

  • 8) O que é o "espírito inteligente"?

    Rol afirma que todas as coisas, animadas ou inanimadas, possuem um "espírito". Assim também o ser humano, que porém recebe o atributo "inteligente" pelas peculiares características da sua consciência.  Essas duas tipologias de "espírito", diferentes somente por grau, são presentes tanto no momento de existência da coisa ou do ser humano, quanto sucessivamente, após a sua destruição ou morte. Trata-se de uma espécie de "filme" da coisa ou do indivíduo, uma sua reprodução que contém todas as informações que o concernem, toda a sua história, desde o nascimento à sua morte. Se, por exemplo, Rol pedisse ao "espírito inteligente" de Leonardo Da Vinci para "participar" a um experimento e materializar uma pintura numa folha em branco, a "memória etérea" de Leonardo, conservada no Arquivo do Universo, poderia realizá-lo através da mediação de Rol, uma espécie de catalizador e revitalizador de tal memória... Todavia, a pintura que o espírito inteligente de Leonardo realizará entrará nos cânones artísticos do seu gênio, e ele não poderá pintar com um estilo diferente do seu, nem poderá representar temas que em vida não representou, assim como o personagem de um filme não pode voluntariamente mudar de papel ou fazer coisas diversas das feitas no filme.  Além disso, continuando com a analogia, pode-se identificar a "alma" com um ator, que pode interpretar outros papeis. Segundo Rol, «a alma volta a Deus», uma expressão passível de várias interpretações. A Tradição metafísica defende que um Mestre iluminado pode retornar à Terra voluntariamente, para continuar ou completar uma missão de caráter espiritual. Ao contrário, é diferente o destino daqueles que, em vida, não atingiram um nível espiritual suficiente para permitir uma sobrevivência após a morte. De fato, quem ficou no nível da matéria para a matéria tornará...


 

  • 9) Rol acreditava na reencarnação?

    Não, ainda que este seja um tema controvertido. Alguns – uma minoria – afirmam que Rol acreditava na reencarnação, geralmente aqueles que já acreditavam nessa teoria antes de conhecê-lo e interpretaram algumas alusões ou metáforas suas em modo literal, confirmando as próprias convicções.  O presente autor, que já analisou amplamente a questão no livro Il simbolismo di Rol (O Simbolismo de Rol, 2008) demonstrou, com base em declarações do próprio Rol e da tradição metafísica, que ele não acreditava.  Claro, tal teoria, de um ponto de vista exotérico, é tranquilizante e satisfaz a razão... Há alguma verdade nela, assim como há também na história da Gênesis sobre Adão e Eva. Mas certamente não do ponto de vista literal.  Limitando-nos às declarações de Rol, ele afirmou o seguinte:

    «Tudo o que até agora já foi pensado e feito no campo do sobrenatural está bem longe da verdade. Os conceitos existente sobre o espiritismo e, sobretudo, sobre a reencarnação são inadequados, e até falsos»  (carta de seu punho, 1951)

    «Não existe a reencarnação, eu não acredito!» (gravação áudio, anos 70)

    Após um artigo de uma jornalista, que dizia que Rol «chegou a declarar-se uma reencarnação de Napoleão Bonaparte», Rol respondeu através de uma carta à revista:

    «Nada de mais falso: tal afirmação vai contra todos os meus princípios religiosos e filosóficos». (1987)

    Enfim, a afirmação de algumas pessoas de que Rol fosse ambíguo sobre essa matéria para não ter conflito com a Igreja Católica não tem fundamento algum.  As declarações já mencionadas, sem o filtro de terceiros, não deixam espaço a ambiguidades de nenhum tipo. 


 

  • 10) A Igreja Católica expressou algum parecer oficial sobre Rol?

    Não, mas são conhecidas as atestações pessoais de alguns eclesiásticos, como o cardeal Maurilio Fossati, que foi arcebispo de Turim, ou de Don Andrea Bava, que celebrava a missa na paróquia de San Vito.

    Don Piero Gallo, que poi padre na igreja de SS. Pedro e Paulo, no bairro San Salvario, onde morava Rol, que o conheceu somente de forma fugaz no hospital Molinette pouco antes de sua morte, teve modo de formar uma opinião, com base nos testemunhos de muitas pessoas do bairro que o tinham conhecido, declarando em diversas ocasiões que Rol «fez brilhar a inteligência de Deus em muitos lugares» e foi um «homem extraordinário... caridoso, afetuoso, humilde e sempre otimista, mesmo nos seus sofrimentos, um emblema evidente de Maria... por ter feito subir a Deus os seus poderes. (...) Pode-se afirmar que viveu uma "santidade laica", por tudo o que fez pelos humildes, indigentes e sofredores...», e, enfim, que «com o seu exemplo fez com que muitos indivíduos se aproximassem mais da Igreja».

    O escritor católico Vitorio Messori, que conheceu Rol, escreveu em 2004 que a sua vida foi «uma vida não só de homem honesto, mas também de religioso praticante, que muitas vezes era visto absorto em oração, numa das capelas da Igreja Consolata, na penumbra... Se quis me conhecer é porque queria me parabenizar pelas coisas "católicas" que escrevia, e confirmou-me mais de uma vez – também no último telefonema que me fez – que se reconhecia totalmente na ortodoxia da Igreja».

    A jornalista do jornal católico Avvenire, Monica Mondo, que conheceu Rol, escreveu que «rezou com Rol muitas Ave Marias», e que ele «nunca se mostrou ou pediu coisas para si, importava-lhe realmente fazer o bem, ocupar-se dos doentes, ajudar com dinheiro, com uma boa palavra ou com a sua virtude, que ele mesmo não sabia explicar (um dom de Deus, dizia, do qual tenho que dar conta e usar para Deus)».

    Rol teve contatos com todos os níveis da hierarquia católica, chegando até a encontrar Papa Pio XII, segundo se sabe. A sua consideração pela instituição da Igreja, assim como pelos santos da sua tradição, era relevante, muito respeitosa e devota. Conheceu São Pio de Pietrelcina em San Giovanni Rotondo, do qual tinha uma foto na escrivaninha do escritório, juntamente com as fotos do padre do município de San Secondo di Pinerolo, don Giovanni Battista Martina, que considerava um santo, e padre Eugenio Ferrarotti, que foi sacerdote em Turim e depois exorcista em Gênova, nos anos 50.

    O fato de que a Igreja ainda não tenha se exprimido oficialmente é devido, provavelmente, à espera de um quadro mais completo da história humana e espiritual de Rol, cujos detalhes emergiram só nos anos recentes, e ainda continuam a emergir. 


 

  • 11) O que é a "consciência sublime"?

    Rol deu várias definições, uma das quais é a seguinte:

    «O estado de consciência sublime é a união com o Absoluto, um Todo, uma inteireza sem separação alguma».

    É graças a este estado que Rol conseguia exprimir as suas possibilidades e realizar os seus experimentos.

    O presente autor fez um paralelo entre a consciência sublime e outros estados análogos das tradições metafísicas, como por exemplo o samadhi da tradição hindu. O Mestre realizado, que atingiu esse nível espiritual, obtém como consequência não buscada o que a tradição oriental chama siddhi, ou seja, as "possibilidades" de Rol.


 

  • 12) Rol pedia dinheiro para mostrar os seus experimentos ou dar os seus conselhos "paranormais" a quem os pedia?

    Absolutamente não, isso teria sido absurdo e inconcebível para um Mestre como ele (e para qualquer Mestre autêntico), que tinha como único objetivo ajudar os outros e demonstrar o quanto possível a existência de Deus e que "a morte não existe".  Ao contrário, Rol doou dinheiro tanto a indivíduos quanto a instituições de caridade, muitas vezes de forma anônima.


 

  • 13) Qual era a sua fonte de renda?

    Rol nasceu numa família rica, ainda que trabalhadora. Todavia, nunca foi "filho de papai". Começou a trabalhar a 22 anos como funcionário do banco Banca Commerciale Italiana, do qual o pai Vittorio tinha sido fundador e diretor da sede de Turim. Moveu-se através de várias filiais ao redor da Europa (Marselha, Paris, Londres, Edimburgo, Gênova, Casablanca, Sestriere), durante quase uma década, até pedir demissão em 1934, poucas semanas após a morte do pai.

    Durante a estadia em Marselha (1925-1926), teve algumas dificuldades econômicas, por querer se manter exclusivamente com o seu salário, sem ajuda da família. Por isso, "fazia bico" tocando violino nos cinemas, como acompanhamento musical de filmes mudos.

    Depois da morte do pai, Rol administrou os bens da família e começou a trabalhar como antiquário, além de tradutor do inglês e francês, vendendo também os primeiros quadros. Nos anos 40, abriu uma loja de antiguidades no centro histórico de Turim, que manteve até os anos 60, quando a pintura tornou-se a sua única (e ocasional) fonte de renda. Uma administração cuidadosa dos próprios recursos ao longo dos anos permitiu-lhe uma velhice sem preocupações econômicas, de forma que pôde usar todo o tempo para fazer o bem ao próximo. 


 

  • 14) Os quadros de Rol podem ser vistos em algum museu? Existem catálogos?

    Rol pintou uma centena de quadros, talvez 150. Não existe até agora um catálogo geral das suas obras, somente dois catálogos parciais, que se referem a duas mostras: uma em 2000, no Sermig de Turim; outra em 2005, no castelo de Guarene, na província de Cuneo (aproximadamente cinquenta, no total). Neste momento, fazem parte de coleções particulares, e não são previstas outras mostras. 


 

  • 15) Por que Rol ficou conhecido sobretudo após a sua morte?

    Rol nunca buscou os refletores, sempre manteve um comportamento reservado, pedindo aos poucos jornalistas que conheceu, assim como a seus amigos, de falar sobre si somente após sua morte.  Isso porque uma atenção exagerada dos meios de comunicação teria lhe impedido, em primeiro lugar, uma vida tranquila; em segundo lugar, de ser útil ao próximo de forma específica e eficaz, pois teria que deixar cair no vazio numerosos pedidos de ajuda, que chegariam até ele assim que as suas possibilidades se tornassem populares; para não mencionar o problema dos mitomaníacos e exaltados.  A última coisa que Rol desejava era ver uma fila fora de seu portão ou ver seu nome envolvido em debates televisivos. 


 

  • 16) Rol teve discípulos ou adeptos? Quem testemunhou ou ainda testemunha sobre ele?

    Não, nunca teve discípulos – porque Rol nunca se apresentou nas vestes "oficiais" de Mestre – nem adeptos, pois ele não era o chefe de algum tipo de seita ou sociedade secreta. Também sob esse ponto de vista era uma pessoa aparentemente normal, circundado por amigos e conhecidos, fequentando muitas vezes personalidades da alta sociedade internacional, seja porque, por tradição familiar, era o seu ambiente ideal, seja porque procurava influenciar beneficamente aqueles que estavam no poder, para obter resultados de cima para baixo, como uma cascata. Isso não lhe impediu de frequentar todas as classes sociais e categorias profissionais. Muitos daqueles que hoje testemunham sobre Rol o conheceram como amigos, conhecidos ou testemunhas casuais, sem saber quem era. 


 

  • 17) Rol fazia experimentos somente em sua casa?

    Não, ao contrário. Pode-se dizer que os fazia sobretudo na casa dos outros, principalmente dos amigos.  Isso também era um modo de retirar a atenção de si e do seu contexto, visto que o seu apartamento em Turim, com vista para o Parque do Valentino, era mobiliado elegantemente, com refinadas peças de antiquariado e relíquias napoleônicas, quase uma casa-museu, com atmosfera muito sugestiva. Portanto, também para evitar uma certa sensação de sujeição que a pessoa e o seu contexto poderiam suscitar em alguns, Rol escolhia os apartamentos mais "normais" dos seus amigos, onde podia se sentir perfeitamente à vontade e colocar seus hóspedes à vontade. Assim, eles tinham a sensação de que Rol fosse um convidado como eles, um "igual", o que contribuía a uma atmosfera relaxada e cordial, condição muito importante para o sucesso dos experimentos. Nos anos 60, por exemplo, Rol gostava de ir à casa de Franca Pinto ou dos cônjuges Pierlorenzo e Giuliana Rappelli, ou dos primos Franco e Elda Rol. Nos anos 70, preferia a casa dos cônjuges Giorgio e Domenica Visca ou a de Remo Lugli, e assim por diante...


 

  • 18) Há quem defenda que Rol fosse somente um ilusionista sofisticado. Porquê?

    Trata-se de uma afirmação comum entre os ilusionistas que não conheceram Rol e, em geral, entre todos os céticos ou duvidosos, que não aprofundaram suficientemente a sua história.  As razões principais que motivam esse ponto de vista são três: 1) Rol usava muito cartas de baralho; 2) Rol nunca se submeteu a um controle científico, segundo os padrões da ciência moderna; 3) a variedade e excepcionalidade dos prodígios e milagres que lhe são atribuídos seriam simplesmente impossível, fruto de truques, sugestão ou invenção das próprias testemunhas.  Além do mais, o "paranormal" nunca foi demonstrado. 


 

  • 19) Rol já fez alguma vez jogos de prestígio?

    Podemos dar uma resposta somente com base em dois elementos: 1) testemunhos sobre ele; 2) os experimentos. No primeiro caso, ninguém nunca disse tê-lo visto fazer jogos de prestígio em idade adulta. Há uma má interpretação de um jornalista sobre o fato de que Rol, quando criança, gostava de brincar às vezes com jogos de prestígio. Na realidade, o presente autor verificou a fonte dessa história (uma sobrinha argentina de Rol, nascida em 1926, quando Rol já tinha 23 anos), que tinha declarado que Rol, quando jovem (e não criança), fazia "jogos" com cartas – o que é verdade, visto que ele começou a fazer os experimentos que conduziram à sua descoberta com 22 anos. Como tais “jogos”, que na verdade são experimentos, não tinham nada a ver com jogos de prestígio (o autor não só os presenciou, mas concorda com Rol que qualquer pessoa, nas suas condições, seria capaz de efetuá-los), não é possível declarar, para os efeitos da sua atual biografia, que ele tenha feito jogos de prestígio.  Algumas vezes, porém, fez brincadeiras para colocar à prova o espírito crítico de algumas pessoas, ou só para dar risada, visto que Rol era um brincalhão e aproveitava as situações para desdramatizar os "jogos" verdadeiros, que podiam espantar alguns hóspedes no primeiro encontro, para não dizer causar pânico.


 

  • 20) Alguém já comunicou ter descoberto algum tipo de truque ou engano nos seus experimentos?

    Não, ninguém que tenha conhecido e frequentado Gustavo Adolfo Rol comunicou isso (e passaram mais de 90 anos desde que ele começou a manifestar as suas possibilidades, ou seja, em 1927, e 20 anos desde a sua morte, em 1994). 


 

  • 21) Os ilusionistas afirmam poder replicar todos os prodígios de Rol, é verdade?

    Sim, muitos ilusionistas afirmaram poder replicar todos os fenômenos atribuídos a Rol. Porém, trata-se de puro e simples ilusionismo verbal e midiático... E’ impossível replicar a maior parte desses fenômenos.  Em geral, o que os ilusionistas são capazes de replicar são os efeitos de alguns fenômenos atribuídos a Rol, mas não são absolutamente capazes de replicar as condições nas quais Rol se colocava ou se encontrava.  Dando um exemplo muito banal, já feito há anos, é possível replicar o efeito de Jesus que caminha sobre as águas (como fez o ilusionista Dynamo no rio Tames), mas não as condições em que ele se encontrava (o plexiglas transparente não tinha sido inventado ainda, nem mesmo a montagem bem-feita dos fotogramas do evento...) Em certos casos, nem mesmo o efeito de alguns experimentos de Rol poderiam ser replicado. Não há espaço para fazer a lista completa de quais episódios ou fenômenos, mas pensamos, em primeiro lugar, aos casos de clarividência, telepatia, curas, pré-cognição (o "caso Cini" é um ótimo exemplo, mas poderíamos dar muitos outros), inclusive também as cartas de baralho (veja mais adiante). 


 

  • 22) Rol aceitou alguma vez mostrar os seus experimentos a ilusionistas?

    Sim, nunca teve preconceitos em relação à categoria, mesmo porque selecionava as pessoas com base no coração, não na profissão, ou com base numa espécie de estratégia iniciática (que nem sempre teve sucesso, houve pessoas que o decepcionaram). Os ilusionistas que conheceram Rol são 5: dois profissionais de nível internacional (Alexander e Binarelli) e três diletantes (Ermanno e Carlo Buffa di Perrero, Giuseppe Vercelli). Todos os cinco tiveram uma ótima opinião de Rol. Quatro deles viram os experimentos (excluindo Alexander, que, porém, testemunhou um episódio pessoal de clarividência) e três deles o mencionaram em escritos ou entrevistas (excluindo Ermanno Buffa di Perrero, pai de Carlo, morto em 1982). Todos os três concordam, como centenas de testemunhas, que nos experimentos de Rol não houvesse truque algum. Carlo Buffa, em particular, tentou "desmascarar" Rol algumas vez, de forma amigável, para ver se, mudando sem aviso prévio as condições do experimento, ele funcionaria do mesmo jeito.  E sempre funcionava. 


 

  • 23) Por que muitos experimentos baseavam-se em cartas de baralho?

    Como já vimos, as cartas de baralho foram a fonte da descoberta de Rol. Mas o uso que ele fez, sucessivamente, está principalmente ligado à sua função de instrumento matemático, ou seja, de gerador de uma ordem a partir de condições aleatórias. Tal ordem era construída casualmente. Ainda assim, teleologicamente, com a participação de todos os presentes, Rol agia somente como motor imóvel, como um regente de orquestra que se limitava a coordenar os vários instrumentos.

    Explicar em poucas linhas como as cartas eram usadas em certos experimentos não é possível. Limitamo-nos aqui a repetir o que escrevemos em outra ocasião, como funcionava o esquema mais simples:

    «Um experimento "fácil", para começar a noite, poderia ser feito com dois maços. Convidava-se, por exemplo, o hóspede A a pegar o seu maço, nunca tocado por Rol, e embaralhá-lo. Depois, colocando-o em sua frente, devia "cortá-lo" num ponto qualquer, mostrando a carta do "corte", por exemplo um ás de copas. Logo após, Rol convidava o hóspede B a pegar o seu maço, embaralhá-lo e colocá-lo em sua frente. Para usar um método diferente, sempre totalmente aleatório, pedia que o hóspede C dissesse um número de 1 a 52. Por exemplo, se este indicasse 22, Rol dizia ao hóspede B: "tire 21 cartas do topo do seu maço, depois gire a vigésima segunda: deve ser o ás de copas". O hóspede B tirava as cartas uma por uma e, quando chegava à vigésima segunda, girava-a e era o ás de copas.

    Os experimentos prosseguiam mais ou menos com o mesmo esquema, aumentando cada vez mais a complexidade e aleatoriedade. Rol pedia, por exemplo, ao hóspede D as primeiras palavras que lhe vinham em mente. Depois, ele tinha que contar as letras e somá-las àquelas de outra palavra dita pelo hóspede E, pouco antes. Então, ele deveria pegar um livro qualquer na estante e procurar o capítulo cujo número tinha sido determinado na adição. Na página resultante, a primeira palavra ou linha era a mesma que Rol, antes do experimento, tinha escrito numa folha e mostrado aos presentes. E assim por diante, em ordem crescente.  Dezenas desses experimentos eram feitos numa noite».


 

  • 24) E a ciência, o que pensava? Ele encontrou cientistas alguma vez?

    Rol teve modo de declarar que, se a sua inclinação não o tivesse levado a uma busca principalmente espiritual, certamente teria voltado o seu interesse à ciência.  Aliás, tinha ótimo conhecimento de física, biologia e medicina. Além disso, valorizava as conquistas científicas, com a condição de que estas não obstaculassem o desenvolvimento espiritual dos seres humanos. Em âmbito médico, sempre endereçou quem precisasse de cuidados aos especialistas e à medicina oficial, antes de intervir pessoalmente com as suas possibilidades terapêuticas. Encontrou muitos cientistas, inclusive famosos (como Albert Einstein e Enrico Fermi), e profetizou que, num futuro não muito distante, os seus experimentos seriam explicados pela ciência e entrariam a fazer parte desta. 


 

  • 25) Por que ele não se submeteu a uma verificação científica das suas possibilidades?

    Rol não era contrário a uma análise científica das suas possibilidades. Ao contrário, pode-se dizer que procurou durante toda a sua vida algum cientista apto a receber os seus conhecimentos, que se prestasse a um aprendizado longo e profundo, como de regra ocorre em campo espiritual (fala-se em Iniciação, nesse caso). Nenhuma análise que desrespeitasse esse critério poderia ser contemplada, pela própria natureza das coisas e não por um capricho de Rol.  Pela mesma razão que não seria concebível colocar um avião supersônico nas mãos de uma criança, ou usar textos universitários na escola primária, a ciência de Rol, que era Ciência Sagrada, pressupunha e pressupõe toda uma série de preparações, não somente cognitivas, mas sobretudo empáticas. Ou seja, o indivíduo que quer aprender deve ser maduro interiormente, deve ter subjugado o próprio ego, não deve ter interesses pessoais, deve ter qualidades como a intuição, a imaginação, a espontaneidade desenvolvidas, deve ser capaz de acalmar completamente a mente, e assim por diante... Ou seja: antes de passar à fase "operacional", da mecânica dos experimentos de Rol, um aspirante aluno deveria já ter feito muita estrada no caminho da elevação espiritual. Rol afirmava que qualquer um, nas suas condições, poderia fazer os mesmo experimentos. Acontece que é necessário atingir tais condições... Numa conversa registrada nos anos 70, publicada em O Simbolismo de Rol, ele diz ao jornalista Remo Lugli:

    «Olhe, Lugli, se você tivesse vinte anos e eu tivesse os meios para sustentá-lo sem que você tivesse que estudar [trabalhar], eu faria você se aplicar e, em dez anos, poria-o em condições de fazer todas as coisas que faço...».

    Eventuais "examinadores" de Rol deveriam ter sido preparados. Além disso, Rol ainda teria tido que instaurar com os mesmos uma relação de amizade e confiança, pois elemento essencial para o sucesso dos experimentos – ou melhor, pré-requisito – era o fato de que Rol se sentisse à vontade e não vinculado a um condicionamento psicológico, como ter que realizá-los obrigatoriamente ou repetir mais de uma vez o mesmo esquema, para atingir um resultado pré-estabelecido. O seu estado de espírito era fundamental para a dinâmica dos experimentos. Não poderia ser diferente, pois eles envolvem a consciência – e mais especificamente aquela que Rol chamava "consciência sublime" – e há uma relação imprescindível entre esta e a matéria, o tempo, o espaço, etc.

    A consciência sublime é um pouco como a famosa loja de cristais: seria melhor não deixar entrar os elefantes... Penso ter explicado bem. 


 

  • 26) Existe uma explicação científica para os seus experimentos?

    Uma hipótese integral ainda não foi feita, mas o presente autor já forneceu, em vários contextos, elementos suficientes para saber onde olhar. De qualquer forma, nenhuma explicação científica pode ser exaustiva sem as corretas premissas espirituais. Por simplicidade, indicamos a teoria e a prática do yoga como ponto inicial, mas a ela é necessário integrar algumas teorias da física, sobretudo do século XX. 


 

  • 27) Rol escreveu e publicou livros?

    Além de todas as suas qualidades pessoais e artísticas, Rol era também um ótimo escritor.  Assim o descreveu Alberto Bevilacqua, em 2000: «...encontramo-nos diante de um escritor de rara intensidade, um pensador, um filósofo de fé religiosa, de grande importância».

    Bevilacqua comentou o livro de Rol, publicado sob a supervisão de Catterina Ferrari, após a sua morte (“Io sono la grondaia...” Diari, lettere, riflessioni di Gustavo Adolfo Rol, Giunti, 2000 - Eu sou a calha..." Diários, cartas, reflexões de Gustavo Adolfo Rol), um dos livros mais importantes sobre ele, porque escrito por ele. Outros diários e cartas foram publicados após a sua morte, mas Rol nunca publicou nada em vida.  Quando era jovem, antes da descoberta de 1927, estava escrevendo um livro de filosofia e pensamentos espirituais, mas acabou deixando de lado o projeto.  Nos anos 50, declarou a um jornalista que estava escrevendo um livro com o título "Os quatro muros ao redor", até agora ainda inédito. Ainda não se sabe se ele realmente existe. 


 

  • 28) Quantas são as biografias ou ensaios publicados sobre ele?

    Em janeiro de 2015, os livros dedicados a Rol em italiano oficialmente são 25. Cronologicamente, o primeiro foi publicado em 1986 – Rol l’incredibile (Rol, o incrível), do jornalista Renzo Allegri – que não foi autorizado por Rol. Foi o único livro que saiu quando ele ainda estava vivo.


 

  • 29) Quais são os livros mais confiáveis e interessantes sobre ele?

    Além do já citado Io sono la grondaia..., a biografia mais séria e completa é Gustavo Rol. Una vita di prodigi (Gustavo Rol. Uma vida de prodígios) de Remo Lugli (Mediterranee, 1995/2008). Outro livro muito interessante, que recolhe cartas escritas por Rol de próprio punho é La Coscienza Sublime (A Consciência sublime), organizado por Maria Luisa Giordano (L’Età dell’Acquario, 2006), assim como o testemunho de Giorgio di Simone, Oltre l’umano. Gustavo Adolfo Rol (Além do humano. Gustavo Adolfo Rol) (Reverdito, 2009). Para um princípio de análise global, pode-se ver os dois livros de Franco Rol, Il simbolismo di Rol (2008/2012) e L’Uomo dell’Impossibile (O Homem do Impossível) (2012). Informações adicionais na página: http://gustavorol.org/index.php/bibliografia


 

  • 30) Rol é conhecido só na Itália ou também no exterior?

    Em relação ao grande público, até agora Rol só é conhecido na Itália, pois a maior parte do material biográfico sobre ele foi publicado postumamente nos últimos 20 anos, e só em italiano. Franco Rol publicou os dois primeiros livros biográficos em outras línguas em 2013, uma tradução de O Homem do Impossível em inglês (The Unbelievable Gustavo Rol) e uma em espanhol (El extraordinario Gustavo Rol). Em 2014, publicou a versão francesa (Un être exceptionnel. Gustavo Adolfo Rol) e a segunda edição inglesa (The Unbelievable Gustavo Adolfo Rol). Para 2015 está prevista também uma versão em português.


 

  • 31) Rol teve filhos? Quem são os parentes mais próximos de Gustavo Adolfo Rol?

    Não, não teve filhos. As razões não são muito claras. Alguns dizem que sua esposa, Elna, não podia tê-los; outros, que era ele a ter esse problema; outros ainda, que ele não os queria para poder se dedicar inteiramente ao próximo.  Os parentes mais próximos de Gustavo A. Rol são os netos (22) de Carlo (1897-1978), irmão de Gustavo, que imigrou à Argentina nos anos 20, onde teve quatro filhos: Maria (1924-1979), Umberta (1926-2011), Vittorio (1929-2017) e Maurizio (1934-2004). Além do irmão Carlo, Gustavo tinha duas irmãs que ficaram na Itália, Giustina (1900-1970) e Maria (1914-1996), nenhuma das quais teve filhos. Parente mais distante da sua árvore genealógica é o primo de quinto grau, Franco Rol (1908-1977), a quem Gustavo considerava um irmão. O neto deste último, também de nome Franco Rol, é o autor destas páginas. 


 

  • 32) Já existiu alguém com as mesmas possibilidades de Rol? Existe ainda hoje?

    Sim, já existiu, pois Rol se encaixa numa tradição espiritual antiga e nunca extinta.  Todavia, pode-se afirmar que, no Ocidente, desde os tempos de Jesus, não nascia um Mestre do calibre de Rol. No Oriente, mestres como ele foram mais frequentes.  Todavia, a originalidade Rol está na sua modernidade e aparente normalidade, além de uma série de diretrizes teóricas que permitiram, pela primeira vez, considerar o caminho espiritual de um ponto de vista principalmente científico.  Até agora, pelo que o presente autor saiba, não consta existir algum ser humano em vida com a mesma completude espiritual e possibilidades de Gustavo Adolfo Rol. 


 

  • 33) Na internet, onde se pode ler os pensamentos e máximas de Gustavo Adolfo Rol?

    Principalmente na página do Facebook dedicada a Rol.